sábado, 5 de fevereiro de 2022


05 DE FEVEREIRO DE 2022
J.R. GUZZO

Projeto nacional de destruição

Nunca houve antes na história política do Brasil, como está sendo agora o caso de Lula em sua campanha eleitoral, um candidato que quisesse chegar à Presidência da República em cima de um programa consistente de destruição. Candidatos costumam se apresentar aos eleitores, na maior parte das disputas, com mentiras, promessas que não têm a menor intenção de cumprir e ideias ruins, que vão dar errado todas as vezes que alguém tentar aplicá-las.

Mas Lula está dando um "plus a mais" na desgraça habitual, ou "dobrando a aposta", como faria a inesquecível Dilma Rousseff - inesquecível sobretudo para ele, pelo atraso que fez na sua carreira. Não se contenta com o erro. Quer, acima de tudo, destruir - e, naturalmente, quer destruir justo aquelas coisas, não muitas, que estão dando certo neste país. É claro. A existência dessas coisas prejudica diretamente os interesses de quem viaja no seu bonde. Pau nelas.

Lula deve calcular, é óbvio, que isso pode render voto para ele em outubro. Ele está não apenas pensando em si. Está defendendo os interesses individuais de muitos dos piores grupos de parasitas que existem no território brasileiro. Esses grupos perderam terreno depois que Dilma foi posta para fora do governo. Estão desesperados, agora, para recuperar o que tinham.

Lula é o melhor atalho para voltarem à vida boa de antes. Basicamente, querem ter de novo o Tesouro Nacional à sua disposição. Dar às suas minorias, como conseguiram fazer em quase 14 anos de governo, o dinheiro tirado do imposto de todos - esse é o seu mandamento número 1, acima de qualquer outro.

Basta ver o que eles mesmos estão dizendo. Lula, em seu governo, promete destruir a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer - o passo mais importante para a modernização das relações de trabalho que o Brasil já deu nos últimos 50 anos. Promete destruir a lei que acabou com o infame "imposto sindical.

J.R. GUZZO

Nenhum comentário: