sábado, 4 de julho de 2020


04 DE JULHO DE 2020
RODRIGO CONSTANTINO

Quatro de julho

Para muitos, o dia 4 de julho representa apenas um feriado americano. Mas é muito mais do que isso. É um dos marcos mais importantes do mundo, o aniversário da Declaração da Independência Americana. Ali estaria selada, em poucas palavras, a função básica do governo, afirmando categoricamente a soberania do povo sobre o Estado. Cada indivíduo seria livre na busca pela sua própria felicidade. As regras seriam iguais, não os resultados.

O governo não está acima do povo, mas sim depende de seu consentimento para ser validado. E isso não quer dizer, de forma alguma, que uma maioria está livre para fazer o que bem entender. A democracia não deve levar a uma simples ditadura da maioria, onde dois lobos e uma ovelha votam para decidir o jantar. Os direitos individuais deverão ser sempre respeitados, e era esse o foco da República americana.

Não há superioridade racial, não há fatores genéticos, não há maiores recursos naturais, não há sorte. Foram os princípios adotados por esses homens que possibilitaram um meio amigável ao progresso humano. Foi a liberdade individual que estimulou o empreendedorismo e a inovação. Foi o conceito de troca voluntária, básico do capitalismo liberal, que permitiu tamanho avanço.

O pequeno texto da Declaração de Independência deveria ser relido com maior frequência, pois seus ensinamentos são constantemente esquecidos num mundo em que ideias coletivistas entram cada vez mais em moda. Trocam o objetivo conceito de justiça pelo abstrato termo "justiça social", como se os burocratas do governo devessem decidir como configurar a sociedade de cima para baixo.

Em tempos de pandemia, isso ficou ainda mais evidente. Sob o pretexto de combater o racismo, visto como "sistêmico" por alguns, movimentos radicais têm espalhado destruição e tentado apagar o passado, derrubando estátuas. Precisamos do contrário: de respeito ao legado desses gigantes que criaram a nação mais livre e próspera do planeta. Não é perfeita, claro. Mas merece admiração, não desprezo.

Infelizmente, a inveja cega e produz um antiamericanismo infantil e patológico em muitos "intelectuais". Viva a América!

RODRIGO CONSTANTINO

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