segunda-feira, 26 de novembro de 2018



26 DE NOVEMBRO DE 2018
ECONOMIA

Valor das marcas é tema de debate

ASSUNTO SERÁ DISCUTIDO na 4ª edição do AHEAD!, evento promovido amanhã pelo Grupo RBS
Novas mídias, informações e produtos ao alcance de um toque, negócios globais e consumidores digitais são apenas alguns dos elementos que compõem, atualmente, o panorama em que as marcas estão inseridas. Em um mundo regido pelo imediatismo, construir reputação, manter um relacionamento duradouro com o consumidor e agregar valor à marca se transformaram em novos e poderosos desafios para empresários, comunicadores e gestores de marketing.

Pesquisa recente realizada pela PriceWaterhouseCoopers (PwC) mostra que, entre os novos consumidores digitais, as redes sociais são a principal fonte de inspiração na hora de escolher um produto ou uma marca, seguidas por sites de comparação de preços.

Frente a essas transformações nos hábitos de consumo, encontrar novos formatos para o desenvolvimento de uma marca a partir de sua reputação e do relacionamento com os consumidores é o tema central da quarta edição do Ahead!, programa de debates do Grupo RBS, dirigido ao mercado publicitário. Participam da conversa Maria Fernanda Albuquerque, diretora de marketing da Skol, e Danielle Bibas, responsável pela estratégia digital e pelas campanhas globais da Avon.

- Hoje, os consumidores se tornaram mais exigentes. Eles não aceitam mais vendas forçadas. Não há espaço no mercado para empresas que só pensam em oferecer determinado produto ou se comunicar de forma unilateral. É preciso passar conhecimento, gerar conteúdo relevante e dialogar com o consumidor - defende Danielle, uma das primeiras brasileiras a assumir uma posição global dentro da gigante de cosméticos e recentemente reconhecida como Women to Watch Brasil.

É o que defende também o professor de branding da ESPM-SUL Genaro Galli. Segundo o especialista, trabalhar conteúdos relevantes, engajar o público e fazer com que ele alimente essa cadeia, de forma bilateral, é fundamental. Para tal, diz o professor, é necessário ter coerência entre as ações digitais, o posicionamento da marca e o propósito dela.

A marca, argumenta Galli, deve ter algo a dizer ao mercado, ter propósito claro, com discurso conectado aos movimentos contemporâneos.

- Existem demandas quantitativas imediatas, que não podem ser deixadas de lado, mas é preciso sempre trabalhar a construção da marca visando também ao médio e ao longo prazo, porque é isso que vai gerar receita, que vai provocar engajamento e pertencimento do público em relação à marca.

Em entrevista à colunista Marta Sfredo, publicada na quinta-feira (22), Maria Fernanda contou que, na Ambev, o posicionamento se dá por meio de valores e do cuidado para que os mais de 28 rótulos de cerveja não se "esbarrem". Nos últimos anos, a empresa passou por mudanças e se direcionou para a diversidade.

- A Skol sempre foi de quebrar regra, provocar o tradicional, o padrão. Hoje, são importantes para a sociedade questões que a Skol levantou, como a de gênero. Foi bacana abraçar esses pontos e fazer com que eles ficassem ainda maiores - afirmou a diretora de marketing.

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